Walt Whitman (1819 - 1892)

Walt Whitman (1819 - 1892)
(...) What do you see, Walt Whitman? Who are they you salute, and that one after another salute you? (...)

19 de maio de 2010

"Fahrenheit 451" de Ray Bradbury - "O tempo adormeceu sobre o sol da tarde(...)"

Fahrenheit 451Image via Wikipedia

"Fahrenheit 451"

é um romance de ficção científica "soft", escrito por Ray Bradbury e publicado pela primeira vez em 1953.
O conceito inicial do livro apareceu em 1947 com o conto "Bright Phoenix" (que só seria publicado na Revista Magazine of Fantasy and Science Fiction em 1963). 
O conto original  foi reformulado na novela "The Fireman" e publicado na edição de Fevereiro de 1951 da revista Galaxy Science Fiction.

Escrito nos anos iniciais da Guerra Fria, o livro é uma crítica à disfuncional sociedade americana. O romance apresenta um futuro onde os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas anti-sociais, hedionistas e o pensamento crítico é suprimido.


O personagem central Guy Montag, trabalha como "bombeiro" ( o que na história, ironicamente significa "alguém cuja actividade profissional é queimar livros"). 
O número 451 refere-se á temperatura em graus Fahrenheit a que um livro arde.



Cover of "Fahrenheit 451"Uma versão do filme foi lançada em 1966.
Outras versões foram pensadas mas até à data nenhuma se concretizou.
Através dos anos este romance foi submetido a várias interpretações primeiramente focadas no acto de "queimar os livros" e na supressão de ideias dissidentes.
Bradbury declarou que o romance não trata de só de censura, e afirma que "Fahrenheit 451" é uma história sobre como a televisão consegue destruir o interesse pela leitura.


Bradbury afirma que o romance foi escrito nas salas da Biblioteca Powell, localizada na Universidade da Califórnia numa máquina de escrever velha e alugada.
A sua intenção original quando escreveu  Fahrenheit 451 era mostrar o seu grande amor pelos livros e por bibliotecas.
Ray refere-se frequentemente a Montag (personagem principal do livro) como uma alusão a ele mesmo.

Fahrenheit é contado num futuro distante numa América anti-intelectual que perdeu totalmente o controle. Uma América, recheada de ilegalidade nas ruas, desde os jovens que chocam carros contra pessoas apenas por divertimento, até ao bombeiro e ao seu cão de caça mecânico para caçar animais nas suas tocas, apenas pelo simples e grotesco prazer de os ver a morrer.
Nesta sociedade qualquer um que é apanhado a ler um livro é, no mínimo, confinado a um hospital psiquiatrico.
Quanto aos livros estes são considerados ilegais e uma vez na posse de alguém, são queimados por "bombeiros".


Havia muito para dizer ainda sobre este livro, o filme a que deu origem, e o quanto este me marcou durante a minha adolescência! Acreditei piamente que tudo isto poderia mesmo acontecer e logo me aprecei a decorar o meu livro preferido na altura... nem sei se diga aqui publicamente que livro era esse! coragem...

Nem sempre lemos obras primas! aliás nesses longos meses de Verão, sem aulas, lia-se de tudo! e depois com o tempo veio a "selecção natural" mas nunca tive a pretensão de poder dizer objectivamente que um livro não é bom! "Food for thought again"!

Confissão: o livro que tentei decorar na altura foi :

"Yargo" de uma escritora chamada Jacqueline Susann.


Deste falarei em breve! Boas leituras e até breve...Tágide

PS - agora vou arranjar coragem e inspiração para vos falar de "Yargo" ups!


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