Walt Whitman (1819 - 1892)

Walt Whitman (1819 - 1892)
(...) What do you see, Walt Whitman? Who are they you salute, and that one after another salute you? (...)

5 de outubro de 2010

"Um Longo Domingo de Noivado" de Sébastian Japrisot - uma história maior que a própria vida...



Um livro fantástico e um filme a não perder. Ideais para aquelas tardes de Outono! quando apetece ficar em casa a ler um bom livro ou a ver uma excelente adaptação ao cinema como é esta de "Um longo Domingo de Noivado".

Sinopse:


Numa noite de Janeiro de 1917, cinco soldados condenados à morte em conselho de guerra são lançados, de mãos amarradas atrás das costas, diante das trincheiras inimigas. O mais novo não tem ainda 20 anos e deixa atrás de si uma jovem noiva e um amor interrompido.

Chegada a paz, Mathilde quer saber a verdade sobre esta ignomínia e descobrir o que realmente aconteceu àquele a quem continua ligada pelos laços de um longo e trágico noivado.

Com mais intensidade do que nunca, Sébastien Japrisot oferece-nos nesta história de paixão e mistério o virtuosismo e a magia da sua escrita. A mulher obstinada e frágil, envolvente e subtil, que aqui se encontra na figura de Mathilde, figurará certamente entre as heroínas mais memoráveis do universo romanesco moderno.

Aquando da sua publicação, Um Longo Domingo de Noivado obteve em França o prestigiado Prémio Interallié.

O romance foi adaptado ao cinema por Jean-Pierre Jeunet, realizador de O Fabuloso Destino de Amélie, contando com Audrey Tautou, que protagonizou o mesmo filme, no papel principal.

Realização: Jean-Pierre Jeunet


Argumento: Jean-Pierre Jeunet & Guillaume Laurant, baseado no romance de Sébastien Japrisot

Elenco: Audrey Tautou, Gaspard Ulliel, Dominique Pinon, Chantal Neuwirth, Marion Cottilard, Ticky Holgado
Para saber mais sobre o filme pode consultar o site:

wwws.wanerbros.fr/movies/unlongdimanche  - e neste trailer do filme:




Um Longo Domingo de Noivado, realizado por Jean Pierre Jeunet - realizador de Delicatessen e Amelie- conta a história de Mathilde e da sua procura emocionante de pistas que lhe permitam saber o que aconteceu ao seu namorado Manech, desaparecido na frente do Somme em 1917.
Mathilde recusa-se a aceitar a versão oficial que diz que Manech morreu em plena terra-de-ninguém, em frente a uma obscura trincheira chamada Bingo Crépuscule, juntamente com quatro camaradas condenados por mutilação voluntária. Segundo ela, se Manech estivesse realmente morto, ela saberia. Confiando na sua intuição e naquilo que o seu coração lhe diz, Mathilde vai, aos poucos, aproximando-se da verdade, num caminho difícil, cheio de emboscadas, falsas esperanças e incertezas.



Um Longo Domingo de Noivado, é o filme que tornou possível o reencontro dos dois responsáveis pela maravilha que é O Fabuloso Destino de Amélie, o realizador Jean Pierre Jeunet e a actriz Audrey Tautou. Se o talento de Jeunet como realizador e o carisma e beleza singular de Tautou, eram já meio caminho andado para um grande filme, nada como ter uma história adaptada de um belo romance, o livro de Sébastian Japrisot, que deu o nome ao filme.

Do livro pode-se dizer que a expressão "uma história maior que a própria vida" aplica-se como uma luva. Japrisot criou uma história tão complexa, tão cheia de personagens fascinantes, de entimentos e situações que assistir ao filme torna-se uma experiência quase esmagadora, mesmo para quem já tenha lido a obra.

Adaptar esta história ao cinema era por isso uma tarefa complexa, uma vez que havia que reduzir para apenas duas horas uma narrativa que daria para muitas mais. Tarefa mais complexa ainda pela mistura de géneros que compõem esta história, policial, guerra, romance e drama, e pelo constante alternar entre o presente, a história de Matilde, e o passado, a de Manech e seus companheiros.



Não há nada que estrague a grande experiência que é ver este filme, é uma história de amor e dedicação inspiradora e comovente, sem nunca ser lamechas. Filme de visionamento obrigatório, só pela beleza de cada cena, Jeunet como realizador extremamente visual que é, escolhe cada enquadramento, prepara cada movimento de câmara com uma perfeição notável, do caos do campo de batalha, à simplicidade dos momentos partilhados pelos dois namorados. Tudo isto, complementado com uma fotografia de cortar a respiração, torna cada imagem deste filme em pura poesia.



Tal como em Amélie, este filme parece passado numa outra dimensão. É difícil explicar o porquê, mas o mundo dos filmes de Jeunet parece sempre mais vivo, mais vibrante que o mundo real, as suas personagens transbordam energia, e mesmo sendo muitas vezes caricaturadas, são sempre incrivelmente densas e complexas.

Podia continuar a escrever horas e horas sobre o quanto adorei este filme, mas nada como serem vocês a descobrirem este pequeno tesouro de cinema. Até breve! Tágide.




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The Tudors Season 4 Opening Credits! - nova temporada



O trailer ofical da Temporada 4:




Muito antes de Henrique VIII, o rei inglês, se ter transformado num novelo gigante de raiva capaz de defrontar a Santa Sé e pedir a decapitação de uma ex-cônjuge, a determinação dele era tão jovem, sumarenta e ligeira como a de Jonathan Rhys Myers nesta série voluptuosa. Visualmente não há melhor tantos são os brocados rebuscados, orgias descabeladas e sussurros intrigantes na corte de um dos Reis mais sanguinários de que há memória.

Jonathan Rhys Myers in the role of Henry VIII
in http://www.sho.com/site/tudors/home.do

Uma saga familiar com um certo olhar finalmente honesto, sobre os custos da liderança cega. As cenas são curtas e o diálogos foram mantidos o mais longe possível do floreado desnecessário. Estranhamente, também os emissários de Sua Majestade parecem transmitir as novidades da monarquia britânica aos outros Reis da Europa como se tivessem iPhones na sacola em vez de cavalos na sela, fazendo da série uma espécie de viagem a 100 à hora pouco atenta aos pormenores. As cimeiras internacionais, felizmente, terminam sempre com o rei na cama com outra mulher casada!



Para a posteridade deixou a Igreja reformada e protestante, porque lhe dava jeito o divórcio com Catarina de Aragão. Apesar de algumas falhas e pelo prazer visual o trono de um sofá e um banquete de pipocas são aconselháveis.
A não perder esta última temporada. Até breve, Tágide!
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