Walt Whitman (1819 - 1892)

Walt Whitman (1819 - 1892)
(...) What do you see, Walt Whitman? Who are they you salute, and that one after another salute you? (...)

1 de maio de 2010

Dorian Gray de Oscar Wilde

Está em cena já com uns meses de atraso aqui em Portugal a ultima versão cinematográfica de "Dorian Gray" de Oscar Wilde.


Realização: Oliver Parker 

Interpretação: Colin Firth, Rebecca Hall, Ben Barnes, Emilia Fox, Rachel Hurd-Wood

Argumento: Toby Finlay

Texto: Oscar Wilde

Sinopse:

"(...)Quando Dorian Gray, um jovem ingénuo de uma admirável beleza, chega à Londres Vitoriana, rapidamente é arrastado pelo carismático Henry Wotton para o turbilhão da alta sociedade local, onde se inicia nos prazeres da cidade.
Pouco tempo depois, um amigo de Henry, o artista Basil Hallward, decide pintar o retrato de Dorian a fim de captar todo o poder da sua beleza.
Quando a obra é finalmente desvendada, Dorian faz uma irreverente promessa: dar tudo para se manter para sempre igual ao seu retrato, até mesmo a alma.
À medida que as suas aventuras libertinas continuam, Dorian repara que o seu retrato, então guardado no sótão, começa a revelar uma imagem perturbadora, com o que deveriam ser as marcas dos seus excessos, ao passo que a sua própria cara se mantém inalterada pelo tempo e pelas suas acções.

Adaptação da famosa novela de Oscar Wilde.(...)"

in Magazine de Cinema Sapo.





Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde



Irlanda


[1854-1900]

Escritor/Poeta/Dramaturgo/Ensaísta


Biografia:



Oscar Wilde nasceu em 16 de outubro de 1854 em Dublin, Irlanda. Era filho de William Robert Wilde, cirurgião-oculista que servia a rainha, e de Jane Speranza Francesca Wilde, que escrevia versos irlandeses patrióticos com o pseudónimo de Speranza. Foi educado no Trinity College, em Dublin, e mais tarde em Oxford.

Foi para Londres em 1879, para estabelecer-se como líder do "movimento estético". Em 1881 é publicada uma colectânea de seus poemas. Casa-se em 1884 com a bela Constance Lloyd. Alguns anos mais tarde, começa a ser amplamente reconhecido.

Com a publicação de Retrato de Dorian Gray, começa a sua verdadeira carreira literária .
A sua vida privada, no entanto, não fica imune diante das regras estritas do conservadorismo vitoriano, quando passa a viver a vida ambígua de homossexual e homem casado.
À medida que sua carreira floresce, o risco de um escândalo torna-se cada vez maior.

Oscar Wilde começa a negligenciar a esposa e os filhos. O seu sucesso continua com  A Woman of no Importance (1893) e Salomé (1893). Como a homossexualidade era por si só ilegal, Wilde acaba por ser preso e condenado a cumprir dois anos de trabalhos forçados. As condições calamitosas da prisão causam-lhe uma série de doenças que o leva às portas da morte. Entretanto, ainda, é declarada a sua falência. Constance deixa o país com os filhos e muda o nome de família.

Libertado em 1897, Wilde tenta atender aos desejos de Constance e envia ao amante, cujo pai o levara à cadeia, uma carta épica profundamente emocionante: De Profundis.
Deixa a Inglaterra e vai para a França, onde assume o nome "Sebastian", como o santo.
Morre arruinado em 30 de novembro de 1900.
Hoje pode-se ver um monumento no seu túmulo do cemitério Pere Lachaise, em Paris.


Bibliografia:



1888 - O Príncipe Feliz e outras Histórias - Contos

1889 - O Retrato do Sr. W. H. - Romance

1891 - O Retrato de Dorian Gray - Romance

1891 - A Alma do Homem Sob o Socialismo - Ensaio

1892 - O Leque de Lady Windermere - Comédia

1893 - Salomé - Drama

1894 - Uma Mullher sem Importância - Romance

1895 - A Importância de Ser Prudente - Comédia

1895 - Um Marido Ideal - Peça de teatro

1896 - A Balada do Cárcere de Reading - Poema

1897 - De Profundis - Carta


Oscar Wilde foi mais um destes excêntricos que levaram suas paixões muito além da própria realidade.
E como comentou Albino Forjaz de Sampaio a seu respeito: "Irmão gémeo de Baudelaire na excentricidade". Ele era a imagem da mais pura representação do Dandysmo londrino!


Vaidoso ao extremo, o verdadeiro príncipe da moda insultou sem piedade o dia-a-dia da sociedade a que pertencia. Sua genialidade, porém, fazia-o provocar os "moralistas", mas com inteligência, estilo próprio e sempre de forma original.

"O Retrato de Dorian Gray" é sem dúvida nenhuma a obra que o consagrou definitivamente para a imortalidade, e o próprio cinema deu ainda mais vida à sua obra.
Das páginas de seu romance publicado no ano de 1890, tiramos palavras tão profundas que, ouvindo-as serem pronunciadas por uma de suas personagens, numa imagem de cinema, ficamos directamente envolvidos no conflito que reflete no seu âmago cada um de nós na sua essência...

Mas ver o filme e ler o livro é muito mais que um simples entusiasmo momentâneo, é algo para rever sempre, reflectir, analisar.
Então outra personagem assombra-nos com as seguintes palavras, é o próprio Dorian Gray quem fala:

Se eu ficasse sempre jovem e esse retrato envelhecesse?! Por isso eu daria tudo! Sim, não há nada no mundo que eu não desse! Daria até a minha própria alma!"


Um pacto! Uma espécie de "Fausto Goetheano", mas ainda jovem clamando por seu Mephistófeles...
O inimigo da luz, mas o único que nos devolve a nossa juventude que a cada dia se esvai!

Quem de nós numa noite qualquer de insónia, pelas tantas horas da madrugada, não pensou profundamente nesta questão?

Velhice, juventude... duas palavras que dá no que pensar, e destas palavras Oscar Wilde criou uma obra excepcional! Isto não é maravilhoso? Sim, Wilde é como Albino Forjaz Sampaio falou: "Subtil autor de 'The Picture of Dorian Gray'"

Enfim, Oscar Wilde foi um gigante da literatura, sua arte fantástica está nos seus livros e cabe a nós explorarmos este vasto universo. E um bom começo é escolher uma destas madrugadas para assistir o filme "O Retrato de Dorian Gray".


Até breve Tágide!





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