Um livro fantástico e um filme a não perder. Ideais para aquelas tardes de Outono! quando apetece ficar em casa a ler um bom livro ou a ver uma excelente adaptação ao cinema como é esta de "Um longo Domingo de Noivado".
Sinopse:
Numa noite de Janeiro de 1917, cinco soldados condenados à morte em conselho de guerra são lançados, de mãos amarradas atrás das costas, diante das trincheiras inimigas. O mais novo não tem ainda 20 anos e deixa atrás de si uma jovem noiva e um amor interrompido.
Chegada a paz, Mathilde quer saber a verdade sobre esta ignomínia e descobrir o que realmente aconteceu àquele a quem continua ligada pelos laços de um longo e trágico noivado.
Com mais intensidade do que nunca, Sébastien Japrisot oferece-nos nesta história de paixão e mistério o virtuosismo e a magia da sua escrita. A mulher obstinada e frágil, envolvente e subtil, que aqui se encontra na figura de Mathilde, figurará certamente entre as heroínas mais memoráveis do universo romanesco moderno.
Aquando da sua publicação, Um Longo Domingo de Noivado obteve em França o prestigiado Prémio Interallié.
O romance foi adaptado ao cinema por Jean-Pierre Jeunet, realizador de O Fabuloso Destino de Amélie, contando com Audrey Tautou, que protagonizou o mesmo filme, no papel principal.
Realização: Jean-Pierre Jeunet
Argumento: Jean-Pierre Jeunet & Guillaume Laurant, baseado no romance de Sébastien Japrisot
Elenco: Audrey Tautou, Gaspard Ulliel, Dominique Pinon, Chantal Neuwirth, Marion Cottilard, Ticky Holgado
Para saber mais sobre o filme pode consultar o site:
wwws.wanerbros.fr/movies/unlongdimanche - e neste trailer do filme:
Um Longo Domingo de Noivado, realizado por Jean Pierre Jeunet - realizador de Delicatessen e Amelie- conta a história de Mathilde e da sua procura emocionante de pistas que lhe permitam saber o que aconteceu ao seu namorado Manech, desaparecido na frente do Somme em 1917.
Mathilde recusa-se a aceitar a versão oficial que diz que Manech morreu em plena terra-de-ninguém, em frente a uma obscura trincheira chamada Bingo Crépuscule, juntamente com quatro camaradas condenados por mutilação voluntária. Segundo ela, se Manech estivesse realmente morto, ela saberia. Confiando na sua intuição e naquilo que o seu coração lhe diz, Mathilde vai, aos poucos, aproximando-se da verdade, num caminho difícil, cheio de emboscadas, falsas esperanças e incertezas.
Mathilde recusa-se a aceitar a versão oficial que diz que Manech morreu em plena terra-de-ninguém, em frente a uma obscura trincheira chamada Bingo Crépuscule, juntamente com quatro camaradas condenados por mutilação voluntária. Segundo ela, se Manech estivesse realmente morto, ela saberia. Confiando na sua intuição e naquilo que o seu coração lhe diz, Mathilde vai, aos poucos, aproximando-se da verdade, num caminho difícil, cheio de emboscadas, falsas esperanças e incertezas.
Um Longo Domingo de Noivado, é o filme que tornou possível o reencontro dos dois responsáveis pela maravilha que é O Fabuloso Destino de Amélie, o realizador Jean Pierre Jeunet e a actriz Audrey Tautou. Se o talento de Jeunet como realizador e o carisma e beleza singular de Tautou, eram já meio caminho andado para um grande filme, nada como ter uma história adaptada de um belo romance, o livro de Sébastian Japrisot, que deu o nome ao filme.
Do livro pode-se dizer que a expressão "uma história maior que a própria vida" aplica-se como uma luva. Japrisot criou uma história tão complexa, tão cheia de personagens fascinantes, de entimentos e situações que assistir ao filme torna-se uma experiência quase esmagadora, mesmo para quem já tenha lido a obra.
Adaptar esta história ao cinema era por isso uma tarefa complexa, uma vez que havia que reduzir para apenas duas horas uma narrativa que daria para muitas mais. Tarefa mais complexa ainda pela mistura de géneros que compõem esta história, policial, guerra, romance e drama, e pelo constante alternar entre o presente, a história de Matilde, e o passado, a de Manech e seus companheiros.
Não há nada que estrague a grande experiência que é ver este filme, é uma história de amor e dedicação inspiradora e comovente, sem nunca ser lamechas. Filme de visionamento obrigatório, só pela beleza de cada cena, Jeunet como realizador extremamente visual que é, escolhe cada enquadramento, prepara cada movimento de câmara com uma perfeição notável, do caos do campo de batalha, à simplicidade dos momentos partilhados pelos dois namorados. Tudo isto, complementado com uma fotografia de cortar a respiração, torna cada imagem deste filme em pura poesia.
Tal como em Amélie, este filme parece passado numa outra dimensão. É difícil explicar o porquê, mas o mundo dos filmes de Jeunet parece sempre mais vivo, mais vibrante que o mundo real, as suas personagens transbordam energia, e mesmo sendo muitas vezes caricaturadas, são sempre incrivelmente densas e complexas.
Eu já sabia da tua matriz de esteta romântica e apaixonada. Encontrar-te aqui nesse registo não foi própriamente uma surpresa, mas um acontecimento muito agradável.
ResponderEliminar:)
Gostei, gostei da doçura de alma que me despertou a leitura de tais cenários românticos desenhados por si neste seu texto tocante sobre um filme que desconheço, mas que vou tentar arranjar, pois fiquei, de facto, com as melhores expectativas sobre tal película.
ResponderEliminarO meu agradecimento pelo texto que me despertou para a descoberta duma obra sobre a qual fiquei com agradáveis expectativas.
Cumpts!