Ainda no seguimento do meu post de ontem...
Walt
Whitman foi, acima de tudo, um homem que atendeu à chamada para a invenção de uma poesia nova, que falasse a língua do novo país que se estava a formar..
Alguém que se orgulha excessivamente da sua nação? Sim, de certa forma.
Idealista? Sim, em alguns dos poemas.
Mas sempre inventivo, corajoso, e sempre a tentar, com sua palavra, prestar conta do seu tempo histórico, das lutas ocorridas durante sua vida, não só no âmbito pessoal (seus amores e desamores), mas também na vida da nação:
- a guerra civil, durante a qual trabalhou como enfermeiro voluntário (ver especialmente os poemas da secção “Drum-Taps”);
- o assassinato de Abraham Lincoln (na secção “Memories of President Lincoln”);
Um homem do seu tempo, cuja voz vem atravessando os séculos.
Walt Whitman deixou-nos, com
Leaves of Grass, seu testemunho e seu testamento humano e literário. Muitos que vieram depois dele inspiraram-se, aprenderam com ele, discordaram dele, amaram-no e até o odiaram. Mas o seu livro continua vibrante e essencial ainda hoje.
Certamente continuará por ainda muitos anos mais, gerando poemas e poetas.
Voltarei a falar de Walt Whitman.
Até breve.
Tágide
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